Imperdível! Livraria da Folha


Liderança e Responsabilidade Social

Atividade Interdisciplinar – Liderança e Responsabilidade Social :: Desenvolvida nas disciplinas de Psicologia Organizacional em conjunto com Introdução a Administração - FGVonline

A presente Atividade tem como objetivo a contextualização da Liderança e seus aspectos gerais e em torno da questão Responsabilidade Social. Será visto um exemplo de situação do cotidiano de trabalho, considerando os tipos de liderança e de poder envolvidos, e discussões da Equipe 6 acerca desse. Também será vista a articulação entre a situação exemplificada e a questão Responsabilidade Social.

Essa Atividade é de grande importância ao nosso meio acadêmico, visto que o assunto Liderança é base para o desenvolvimento de atividades gerenciais e a questão Responsabilidade Social tem levantado discussões e criado opiniões e soluções para diversas temáticas, sendo considerado novo meio de gestão empresarial ao preocupar-se com os impactos gerados por suas ações não apenas no ambiente interno, mas também no externo e preocupando-se com o meio ambiente e com as gerações futuras.

O conceito de Liderança pode ser definido como função administrativa de exercer influência sobre pessoas e motivá-las, de modo espontâneo, para se chegar aos objetivos do grupo ou empresa. Segundo Fiorelli, os líderes são significativos para os liderados, e a instalação dessa liderança se dá pelo componente emocional. Entre diversos atributos de líderes, esse autor menciona características pessoais como visão, compromisso, habilidade interpessoal e autoconhecimento, além de habilidades de orientação e comunicação. Além desses, o líder deve ser ético e ser exemplo para seus liderados, deve conhecê-los e reconhecê-los por suas características pessoais, impulsionando-os para a realização dos objetivos do grupo ou organização.

Diferentemente desses conceitos de liderança, temos o de poder, que se utiliza de fontes externas (posição hierárquica, posse de bens, participação em grupos) e internas (características de personalidade) ao indivíduo para estabelecer ordens e normas.

Têm-se três tipos de líder: o autocrático ou autoritário, que por vezes toma as decisões sozinho, sem consultar seu grupo; o democrático ou participativo, envolve o grupo nos processos de tomada de decisão e na definição de objetivos e estratégias ou determinação das funções; o liberal ou “rédea solta”, tende a ser muito permissivo.

Pode-se citar, como exemplo de uma situação do cotidiano de trabalho, uma empresa que fabrica papéis (para livros, cadernos, A4, etc.) que procura e investe em novas técnicas de reciclagem de papel e celulose e replanta as árvores utilizadas na fabricação do papel.

A situação supracitada – fábrica de papel – liga-se à questão de Responsabilidade Social por seu interesse em preservação e manutenção do meio ambiente, ao replantar árvores e buscar soluções para a reciclagem de materiais que seriam jogados no lixo e transformá-los em matéria-prima. Esse aspecto da reciclagem ainda inclui serviços terceirizados, ajudando pessoas como os catadores de papel de rua, que recolhem os materiais e vendem para centros de reciclagem, onde passam por triagens, seleção e separação, gerando mais empregos e contribuindo para um menor acúmulo de lixo e para a preservação do meio ambiente.

Referências Bibliográficas


FIORELLI, J.O. Psicologia Para Administradores. São Paulo: Atlas, 2004.

MACEDO, Luiz Carlos de. Responsabilidade social empresarial e sustentabilidade. In. ____ A prática da responsabilidade social no setor varejista brasileiro. Rio de Janeiro: UFRJ, 2005. Disponível em: . Acesso em: 13 fev. 2007.

JORDÃO, Sônia. Pontos básicos para uma liderança eficiente. Revista do Empresário, ago. 2007. Disponível em: . Acesso em 18 abr. 2008.

JORDÃO, Sônia. Arte de liderar num mundo globalizado. Gazeta Mercantil, 02 maio 2003. Disponível em: . Acesso em 18 abr. 2008.

Estresse e trabalho

Atividade Individual PO m6 - Estresse e trabalho :: Desenvolvida na disciplina de Psicologia Organizacional - FGVonline

A atividade proposta neste módulo tem por objetivo a elaboração de um texto que discuta o estresse produzido pelas situações de trabalho ou que nelas se reflitam. Para isso, serão considerados aspectos da Psicologia, como as causas e as conseqüências do estresse; a influência na qualidade de vida dos profissionais e na dinâmica organizacional. A partir disso, haverá a sugestão de práticas institucionais para a solução do problema.

O desenvolvimento dessa atividade é de grande relevância ao nosso meio acadêmico, profissional e familiar, pois todos estão interligados de alguma forma, sendo causa ou sofrendo conseqüências de estados de estresse físico ou psicológico, o que motiva a busca de estudos e resoluções.

O estresse pode surgir de qualquer atividade, seja física ou intelectual. Entretanto, o estresse não é necessariamente ruim, podendo ser “benigno”, como fator de motivação de comportamento pró-ativo. O estresse “maligno” decorre de excesso de atividades, como o estresse profissional, onde são ultrapassados os limites suportáveis de carga horária, pressão de superior, ou até mesmo emocional.

Entre as principais causas do estresse no ambiente de trabalho, pode-se citar a pressão de um superior; o medo da demissão, do fracasso, da substituição, do erro; concorrência acirrada; inveja doentia; excesso de horas-extras de trabalho; insatisfação no trabalho, com o ambiente, com a função, com os colegas; problemas em casa; entre demais sofrimentos psíquicos.

As conseqüências do estresse profissional pode se refletir na vida particular e vice-versa. Esses reflexos podem se dar a partir de alterações de humor e comportamento, como irritabilidade, agressividade, depressão, sensações de impotência diante de determinadas situações, podendo ser somatizado e refletir diretamente na saúde física.

Qualidade de vida é um assunto muito discutido de algum tempo para cá. Em especial pelo crescente número de pessoas que sofrem com o estresse do dia-a-dia, cada vez mais intenso. Segundo Luiz Carlos de Queirós Cabrera, sócio da PMC Amrop, “(...) – temos várias carreiras!! A carreira de pai/mãe, a carreira de filho/filha, a carreira de cônjuge (e o eterno risco da terceirização), a carreira de cidadão (a eleição será em...) (...) Agora, como se sair bem em todas essas carreiras, todas demandadas pelo tempo, todas passando por transformações e exigindo um desempenho acima da média? Como?” Para o autor, a qualidade de vida começa no trabalho, em ser feliz no trabalho, gostar do que se faz e fazer com prazer – visto que se passa a maior parte do tempo útil no trabalho ou a trabalho.

Para as outras horas do dia, para as outras “carreiras”, Cabrera sugere que todas as atividades, assim como o trabalho, seja prazeroso e intenso, independendo do número de horas ou de minutos dispensados a cada função. E, como têm-se visto na disciplina de Introdução à Administração, as Escolas têm estudado e comprovado que a satisfação no trabalho interfere diretamente na quantidade e principalmente na qualidade de produção.

Analisando a relação estresse versus qualidade de vida, algumas práticas podem ser adotadas. Entre elas, podemos citar melhorias no ambiente físico de trabalho; pequenos intervalos para coffee-break – o que, além de distrair um pouco e relaxar, promove integração de funcionários e trocas de idéias; evitar a utilização de horas-extras, cumprindo horários pré-determiados pela organização; incentivar e promover a participação em workshops, cursos e palestras; reconhecer méritos; introdução de atividades de relaxamento e alongamento; prática de dinâmicas de grupo; dispor de profissional qualificado para acompanhamento psicológico; abrir canal de comunicação para sugestões, críticas e elogios entre funcionários e gerência e vice-versa.

O estresse e a qualidade de vida profissional e pessoal estão intimamente conectados à Psicologia Organizacional e à Administração como escola e como profissão. Sendo o estresse um dos fatores que podem causar problemas de saúde mental e física (até mesmo AVCs e paradas cardio-respiratórias), a implantação de recursos que proponham qualidade de vida é quase inevitável. Com toda a carga de informações do ambiente globalizado e informatizado em que se vive, aliado às pressões profissionais, familiares e sociais, é muito fácil sofrer por estresse. Entretanto, esse mal é reversível. Viver com intensidade todos os momentos, gostar da atividade que desenvolve, ter prazer em todas as situações, além da implantação e vivência das práticas institucionais supracitadas, são algumas das soluções que podem, facilmente, elevar a qualidade de vida e, assim, reduzir o nível de estresse.

Referências Bibliográficas:

SHIBUYA, Cecília Cibella. Como lidar com o estresse no trabalho. Disponível em:
http://www.mulherdeclasse.com.br/como_lidar_com_o_estresse_no_tra.htm. Acesso em: 04 jan. 2008. (Animação Unidade 7)

CABRERA, Luiz Carlos Queirós. A qualidade de vida e a equação tempo x intensidade. Folha de São Paulo, 11 set. 2006. Disponível em:
http://www.pmcamrop.com.br.

CORDEIRO, Tiago. Um mundo mais velho. Veja. Rio de Janeiro, jul. 2005.

Vídeo Trabalho, trabalho – estresse. Disponível em: moodle.fgv.br.

Kurt Lewin e Chester Barnard - análises

Atividade Individual IA m3 - Kurt Lewin e Chester Barnard :: Desenvolvida da Disciplina de Introdução a Administração - FGVonline


A presente tarefa tem como objetivo a análise do posicionamento de Kurt Lewin e Chester Barnard em relação às técnicas participativas e ao equilíbrio das relações no universo organizacional. Será analisado o discurso da cooperação, do consenso, da integração e da participação como forma de se atingir o equilíbrio das relações no universo organizacional. Serão analisadas, também, a validade desse discurso para dissimular a dominação então existente nas organizações e as relações entre o discurso e os objetivos de ambos estudiosos.



A importância do desenvolvimento dessa tarefa se dá pela relevância destes nomes nos estudos que envolvem questões psicológicas, sociais e psicossociais acerca da evolução da Administração. Kurt Lewin e Chester Barnard são nomes lembrados até hoje em virtude de suas teorias e experimentos em laboratório, o que originou grande variedade de abordagens teóricas e tratamentos, influentes em escolas de psicologia, pensamento, teorias sociais, psicossociologia e administração.



Kurt Lewin, 1890-1947, foi o psicólogo que constitui a passagem da Teoria das Relações Humanas para o movimento das Ciências do Comportamento, inspirando e orientando muitos pesquisadores dedicados à Administração e à Psicologia Industrial. Foi também a maior influência para a introdução da Psicologia Gestalt nas universidades americanas. Lewin, com suas descobertas e teorias, continua inspirando pesquisas no campo da Psicologia Social.

Chester Barnard, 1886-1961, foi graduado em Harvard e fez carreira de quase quarenta anos na ATT – American Telephone and Telegraph. Ocupou, também, diversas funções públicas como chefe do Conselho Geral de Educação, presidente da Fundação Nacional de Ciência e assistente do Secretário do Tesouro, entre outros. Publicou dois livros: The Functions of the Executive (1938) e Organization and Manegement (1948), ambos pela Harvard University Press.

Kurt Lewin conduziu a Psicologia Social a um plano mais realista, transformando-a em uma ciência experimental. Lewin orientou seus estudantes no desenvolvimento de uma metodologia de investigação chamada pesquisa-ação, com enfoque na informação, interação e colaboração. Tratava-se de um processo colaborativo no qual os membros de uma equipe de pesquisa-ação trabalhavam juntos para solucionar um problema, refletindo criticamente sobre suas ações e suposições, a partir de quatro passos: planejamento, ação, observação e reflexão.

Lewin, em 1935, relacionava em suas pesquisas o comportamento social com a motivação. Em cima disso, elaborou a Teoria de Campo, um método de análise das relações causais e de elaboração de construtos científicos. Ligada à Teoria da Gestalt, refere-se à interdependência das diferentes relações causais entre o parcial e o global na experiência comportamental. Algumas bases dessa Teoria se atêm a espaço de vida; a conceitos dinâmicos, como necessidade, tensão e energia; processos como a percepção, a ação e a recordação; a mudanças individuais causadas por algum aprendizado.

Na Teoria da Dinâmica de Grupo, Lewin imaginou uma pesquisa capaz de abranger questões gerais dos grupos, como a vida familiar, equipes de trabalho, salas de aula, comissões, comunidades e unidades militares. Selecionou-se para a pesquisa o problema de liderança, por sua importância prática na educação, na administração e em questões políticas. Esse trabalho compreendia, como parte geral do problema, questões como liderança, status, comunicação, normas sociais, atmosfera coletiva e relações intergrupais.

Chester Barnard, no prefácio de seu livro The Functions of the Executive, apresenta uma teoria de cooperação na organização formal. Essa cooperação se origina de uma necessidade individual de cumprir propósitos de um sistema onde elementos biológico, psicológicos e sociais são combinados. Esse indivíduo precisa atingir os propósitos da organização (ser eficaz) bem como satisfazer suas necessidades pessoais (ser eficiente). Para Barnard, a cooperação é essencial para a sobrevivência da organização, se nela houver pessoas capazes de se comunicarem entre si, dispostas a contribuir com uma ação e a fim de cumprirem um propósito comum.

A metodologia pesquisa-ação de Lewin demonstrou que as atitudes da liderança têm correlação direta com a moral e produtividade dos funcionários. Seu interesse foi focado em pequenos grupos, analisando as variáveis de coesão, padrões dos grupos, motivação, participação, processo decisório, produtividade, preconceitos, tensões, pressões e formas de coordenar um grupo. Lewin, assim como Barnard, considera os grupos como sendo responsáveis por atingir os objetivos organizacionais, a partir da concordância comum sobre esses objetivos e os meios de alcançá-los, resultando a solidariedade do grupo.

A partir da Teoria de Campo, Lewin desenvolveu uma série de experimentos sobre a motivação, a satisfação e a frustração, bem como acerca dos efeitos da liderança autocrática e democrática em grupos de trabalho. Outras pesquisas feitas, a partir da Teoria da Dinâmica de Grupo, abordando questões como a atmosfera dos grupos e estilos de liderança, mostraram que os mesmos desencadeiam efeitos no funcionamento dos grupos. A Escola da Dinâmica de Grupo desenvolve uma proposição em que o comportamento, valores e crenças de um indivíduo baseiam-se nos grupos aos quais pertence. Com isso, mostrou-se que os grupos podem agir sobre o indivíduo como instrumentos de mudanças, como metas de mudanças, ou ainda, como agentes de mudanças.

Chester Barnard formulou a Teoria da Aceitação da Autoridade, onde a autoridade é o caráter da comunicação em uma organização formal, o receptor dessa comunicação é quem vai decidir se aceitará uma ordem ou não. Surge, assim, um novo conceito de autoridade, baseado na forma de aceitação de normas e ordens.

Para Barnard, além de planejar, organizar, motivar e controlar, os executivos devem desenvolver sua capacidade de planejamento social, com o objetivo de manter um sistema de esforços cooperativos. Com isso, ele destaca subfunções como a criação e manutenção de sistemas de comunicação, sendo o canal para essa comunicação; assegurar os serviços essenciais para cada indivíduo, buscando a cooperação através de uma boa administração de pessoal; definir os propósitos da organização e deixá-los bem claros para o bom entendimento e melhor execução das tarefas, unificando as pessoas em busca de um objetivo.

Kurt Lewin é citado como ”pai” da pesquisa-ação. Ele tinha muito interesse na relação da justiça social e a investigação rigorosa, inclusive por motivos pessoais. Visava a uma mudança social positiva. Estudava hábitos na guerra; lutava contra o racismo; estudava a democracia; desejava investigar algo que fosse útil para a realidade e imediatamente aplicável. Além disso, como mostram seus estudos, Lewin estava interessado em desvendar as forças que instigam ou desanimam as pessoas a agirem de uma forma ou outra em determinadas situações, na forma como as pessoas percebem os acontecimentos internos e externos e queria desenvolver modelos úteis de investigação para essas e outras questões. Como maior psicólogo das Ciências do Comportamento, Kurt Lewin deixou como suas maiores contribuições a criação da Teoria de Campo e da pesquisa-ação e foi considerado o fundador da Dinâmica de Grupo.

Charles Barnard, autor de dois livros acerca do tema organização-gerenciamento, deixou contribuições também importantes ao estudo das ciências sociais e da psicologia social. Para Barnard, a organização é um sistema de atividades conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas. À sobrevivência dessa organização, ele considera a cooperação como essencial. Charles Barnard trouxe novas contribuições às funções de um executivo, definindo-o como mantenedor de um sistema de cooperação e como canal de comunicação, na qual a autoridade é aceita ou desobedecida pelos indivíduos – o que ele trata em sua Teoria da Aceitação da Autoridade, como visto anteriormente.

Os estudos realizados por Lewin e Barnard levaram ao conhecimento a dinâmica subjacente à vida em grupo e ao fortalecimento de seus alicerces. Esses estudos, pesquisas e experiências permitiram estabelecer certas convenções acerca dos grupos, visando à existência de uma tese implícita nos fatores psicológicos que permeia a psicologia social e a sociologia. Kurt Lewin foi pioneiro na área ao submeter teorias a experimentos controlados em laboratório, o que resultou uma grande variedade de tratamentos e abordagens teóricas, refletindo escolas de pensamento, filosofia e teorias sociais. Ambos são lembrados até os dias de hoje como marcos para os estudos sociais e de psicologia social, bem como a grande influência nos estudos administrativos em relação a recursos humanos e estruturas organizacionais.

Referências Bibliográficas

ANTONELLO, Claudia Simone; JÚNIOR PUJOL, Eni; SILVA, Magda Valéria. Escola das relações humanas. Disponível em:
http://nutep.adm.ufrgs.br/adp/RH.html. Acesso em: 03 dez. 2007.

ANTONELLO, Claudia Simone; JÚNIOR PUJOL, Eni; SILVA, Magda Valéria. Teorias transitivas em administração. Disponível em:
http://gestor.ea.ufrgs.br/adp/transitiva.html. Acesso em: 27 fev. 2008.

Formação da identidade individual e social e suas relações

Atividade Individual PO - Formação da identidade individual e social e suas relações :: Desenvolvida na disciplina de Psicologia Organizacional - FGVonline

A presente atividade tem como objetivo o estudo acerca da formação da identidade individual e social, bem como o relacionamento entre essas. Serão analisadas a complexidade do viver coletivo e a complexidade do indivíduo como ser único e como formador e receptor dos estímulos sociais, nas diversas correntes teóricas.
Serão vistos também exemplos de formação do indivíduo, de com ele se integra e interage com a sociedade e como recebe informações dessa e se adapta às mais diversas situações.



A importância do desenvolvimento dessa atividade se dá pela necessidade de aprender a se conviver socialmente com os mais diversos tipos de indivíduos, e entender a formação do caráter individual e de como a sociedade influencia a vida das pessoas. Mesmo com a globalização e com os avanços tecnológicos na área da comunicação, a complexidade do ser e sua atuação no meio social são primordiais à convivência em todos os níveis culturais, sociais, empresariais, profissionais, entre outros, sendo fontes inesgotáveis de estudos e análises.



Para estudarmos as relações entre o indivíduo e o social, precisamos, antes, entender como se dá a formação do ser individual. A personalidade, um dos objetos de estudo da Psicologia, de uma forma geral, pode ser colocada como conjunto de fatores internos (instintos, características herdadas, pulsões – únicos para cada indivíduo) e fatores externos (sociais, culturais, históricos, ideológicos, etc.).

Podem ser citadas, também, algumas teorias que definem a personalidade, como:
- Teorias Psicodinâmicas, onde a personalidade segue um sistema de traços - características, motivações, disposição – processos inconscientes e particulares, levando em conta, ainda, complexos infantis e aparelho psíquico específico;
- Teoria Cognitiva, em que as características do indivíduo são constituídas racionalmente pelo próprio sujeito, que dá significação pessoal aos aspectos do mundo;
- Teoria Comportamental, onde a personalidade é expressa pelo comportamento observável e em padrões aprendidos por estímulos oferecidos pelo meio ambiente;
- Teoria Rogeriana, na qual o indivíduo se encontra em constante processo de formação, assim como suas experiências de vida.

Para a Sociologia Clássica, o indivíduo, ignorado em suas particularidades, é parte de uma estrutura maior e produto do determinismo desta estrutura, a sociedade. Ainda, afirma que a constituição dos grupos se dá de forma diferente da constituição dos indivíduos. Para os Sociólogos Contemporâneos, o indivíduo, incluindo sua subjetividade, faz parte do social e é reconhecido por sua ação construtiva e modificadora sobre o meio; enquanto a sociedade é formada por sistemas de instituições e processos de socialização.

A Psicologia Social tem como objeto de estudo o indivíduo em suas relações sociais, em seus determinismos biológico, psíquicos e sociais (corpo, mente e social). Por se tratar de um estudo complexo, a Psicologia Social se torna interdisciplinar, inserindo-se em campos das Ciências Sociais e das Humanas, considerando fatores biológicos, fisiológicos, psicológicos, sociais, políticos, econômicos, entre diversos outros.

O social faz parte do físico e do psíquico, na representação do indivíduo e dos outros, e nas relações com o ambiente externo. Esse meio social decorre de processos inconscientes e psicossociais, criado e transformado por sujeitos psíquicos, criando uma interdependência entre indivíduo-sociedade e vice-versa.
O ser psicossocial, em suas relações interpessoais, obedece ao simbolismo criado pelo meio social e também por suas determinações e características particulares.

“O social é tudo aquilo que é de ordem do coletivo.” (Nasciutti, 1996:no. 7)

A Psicossociologia – que estuda as relações que o indivíduo mantém com o social, os determinismos sociais e psíquicos que atuam nessas relações, o modo como essas relações se estruturam e os efeitos dessas interações – vê o indivíduo como ator social, dotado de liberdade e posição dentro do contexto social em que se insere, membro de uma cultura e como sujeito psíquico com suas particularidades.
Para se compreender como se constitui o social e como o mesmo atua sobre seus membros, deve-se levar em conta as estruturas psíquicas e as estruturas sociais, visto que “(...) a organização da vida psíquica e o desenrolar da história individual se edificam a partir de um social que pré-existe ao sujeito e que contribui na construção de seus valores, seus modelos e mesmo sua vida afetiva.” (Nasciutti, 1996:no. 7)

Os limites entre o social e o psíquico se fundem e se confundem, visto que o social, constituinte e constituído de vínculos entre os indivíduos, também se apresenta como lugar de mediação entre o imaginário individual e o imaginário coletivo, inscrevendo-se no real.

Em outras palavras, cada indivíduo faz seu meio assim como o meio faz o indivíduo. O indivíduo molda-se às “regras” da sociedade, assim como essa tem o dever de integrar o indivíduo ao meio e às relações interpessoais, considerando todos os fatores particulares que caracterizam o indivíduo. Com base nisso, muitos estudos ligados à Administração identificam o trabalhador como indivíduo, respeitando e se adequando a suas particularidades. As instituições passam a se preocupar com as relações humanas e a priorizar a boa convivência. Muitos autores dessa área abordam temas das relações humanas e do bem-estar de seus funcionários como vantagens competitivas de mercado, pelo melhor desenvolvimento profissional de seus trabalhadores.

Pode-se citar algumas teorias como:
- Teoria Estruturalista da Administração, que, entre outros tópicos, avalia as relações internas (entre os funcionários e entre agentes de diferentes níveis hierárquicos, assim como perfis de personalidade e motivação) bem como as relações externas (com clientes, fornecedores, outras empresas...);
- Teoria Geral dos Sistemas, onde pessoas em interação trabalham juntas rumo a uma meta comum;
- Teoria Estruturalista, enfatizando, além da estrutura da instituição, as pessoas e o ambiente de trabalho;
- Teoria das Relações Humanas, na qual o operário era reconhecido como membro de um grupo, havia a preocupação com as pessoas e com os grupos sociais, sendo aplicados conceitos da psicologia nas organizações;
- Teoria Comportamental, direcionando o enfoque empresarial para as ciências do comportamento, com ênfase nas pessoas, dentro de um contexto organizacional mais amplo, adotando posições mais explicativas e descritivas; entre outras.

Tem-se como exemplos de relações psicossociais cotidianas, entre outros,:
- um ator, nascido em uma favela do Rio de Janeiro, que, além de se apresentar em espetáculos teatrais, ensina a crianças e jovens carentes de sua comunidade a arte da encenação, assumindo um importante papel social;
- uma enfermeira, em uma pequena cidade no interior, que atende aos pacientes, auxilia o médico, faz plantões no pequeno hospital da cidade e ainda cuida de seus dois filhos;
- um operário de uma grande indústria, se sente motivado a trabalhar pois, além de seus objetivos e motivações particulares, ele gosta do ambiente de trabalho e se sente bem em meio a seus colegas;
- um alto empresário, que decide ampliar sua empresa, gerando empregos;
- um catador de papel, que desenvolve a função de recolher e separar matérias recicláveis, e encaminhá-las para isso.

Nota-se que cada indivíduo, com suas diferentes características e objetivos, fazem parte de um todo, e são imprescindíveis para o funcionamento da sociedade.

O ser humano não vive isoladamente, mas em grupos. Ao se relacionar com outras pessoas e com o ambiente externo, há um envolvimento mútuo, uma troca de influências. É necessário compreender como se dá a estruturação do indivíduo, da sociedade e das relações entre eles.

A partir da interdisciplinaridade da Psicossociologia é possível analisar a estruturação do ser individual em todos os seus aspectos (biológicos, psíquicos e sociais), bem como a complexa relação entre esse indivíduo e o meio ambiente em que ele se insere, meio no qual ele atua e recebe estímulos – meio social que se faz de grupos de sujeitos individuais. É importante a criação da consciência de si e do mundo em que se vive, de como agir, de como responder a estímulos e de se ter melhores relações inter-pessoais sabendo respeitar a individualidade de cada um e qual papel cada um assume no meio social.

Observação: Creio que a convivência é, além de objeto de sérios estudos, uma arte.

Referências Bibliográficas

NASCIUTTI, Jacyara C. Rochael. Reflexões sobre o espaço da Psicossociologia. In: Documenta Eicos, 1996, no. 7.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Saraiva, 2004.

MAXIMINIANO, Antônio César Amaro. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 1997.

CARAVANTES, Geraldo R., PANNO, Cláudia C., KLOECKNER, Mônica C. Administração: teorias e processos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.

Papel do gerente

Atividade Individual IA m1 – Papel do gerente :: Desenvolvido na disciplina de Introdução a Administração do curso de graduação em Administração pela FGVonline.

A atividade a seguir tem como objetivo a caracterização dos gerentes nas organizações contemporâneas, sendo enfatizadas a tarefas desenvolvidas pelo gerente e suas habilidades e competências essenciais.



Entre as diversas atividades desempenhadas pelo gerente, podemos destacar a atuação estrategicamente nas empresas, justificando medidas e ações da organização; atuação como mediador em casos de contradições; liderar, propagar sistemas de valores a serem compartilhados por todos os funcionários, independente de sua posição hierárquica; integrar-se, comprometer-se e envolver-se com as causas da empresa; identificar situações, diagnosticar a problemática, planejar estratégias de ação e adaptar-se às contingências do momento. Pode-se citar também a tarefa de dirigir uma empresa levando em consideração fatores internos e externos à organização; dirigir atividades com autoridade; planejar, organizar, controlar, contratar pessoal, tomar decisões e coordenar; desenvolver contatos externos diversos de natureza estratégica com clientelas e outras instituições; participar no processo decisório organizacional estratégico; descentralizar a tomada de decisões; orientar, dar a direção quando necessário, educar e energizar, respeitando as individualidades de cada membro da equipe. Ainda, tem-se as atividades de liderar, levar as informações necessárias à equipe e saber ouvir o feedback; buscar desenvolver novas habilidades na equipe, criar oportunidades em rodízios de funções, cursos e mecanismos de aperfeiçoamento técnico de seus integrantes; treinar os trabalhadores para que eles possam atuar em equipes, dar-lhes direção e orientação; estar atento às mudanças do mundo, nas pessoas e nas empresas, e buscar desenvolver novas habilidades para manter-se atualizado no mercado; transformar situações cotidianas em momentos de aprendizagem.

Entre as diversas competências e habilidades demandadas do gerente, podemos destacar: assumir diferentes responsabilidades e atribuições; atuar conforme as políticas e objetivos da instituição da qual faz parte; adaptar sua forma de agir aos movimentos externos de mudança; levar em conta, antes de tomar decisões, os recursos disponíveis dentro da empresa (financeiros e humanos) e as oportunidades ou ameaças existentes em um determinado mercado – tomar a decisão certa na hora certa, ter feeling, tato; saber liderar uma ou mais equipes; ser dotado de maturidade, segurança e capacidade de lidar com o ser humano; orientar, educar e energizar de forma personalizada; ser o modelo – dar o exemplo à equipe; ter uma boa relação interpessoal; compartilhar o poder de decisões com a equipe, saber ouví-la e ponderar.

A partir dessa atividade, pôde-se constatar que, estudando uma ciência social aplicada, os gerentes e administradores desenvolvem tarefas e habilidades intrinsecamente ligados, dependentes. Suas habilidades e tarefas quase se confundem, pois essas exigem dinamismo e liderança, comprometimento e desenvolvimento constantes, além de postura profissional e visão institucional.

Referências Bibliográficas

LIMA BANDEIRA, Mariana; MARQUES, Antônio Luiz; QUARESMA DOS SANTOS, Cléa Martha. Líder ou gerente: eis a questão. In: Reflexões sobre o papel gerencial: um perfil modernizador. UFMG. S/D. Disponível em:
http://www.geocities.com/hollywood/studio/1554/artigos/artigo01.html. Acesso em 23 fev 2005.

MOTTA, P.R. O alvo do aprendizado: todos os gerentes como dirigentes de alto nível. In: Transformação Organizacional: a teoria e prática de inovar. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. Disponível em:
http://www.fadepe.com.br/restrito/conteudo/gto_funcao_ger_mundo_contemporaneo.doc. Acesso em 04 abr 2008.

SOUZA, Afonso. Coaching muda o estilo do gerente. Disponível em:
http://www.rhportal.com.br/artigos/wmprint.php?idc_cad=3dkkxmtku. Acesso em 08 jan 2008.

Animação: O papel do gerente. Disponível em:
http://moodle.fgv.br.