Imperdível! Livraria da Folha


Por que o real cai mais que outras moedas em relação ao dólar?


Medidas para desvalorizar cotação no passado combinadas com um movimento global de medo no mercado pesam duas vezes sobre a moeda brasileira


Em 23/05/2012, Extraído de:




Segundo outros analistas, inclusive de outros países, as novas medidas econômicas anunciadas essa semana não atendem às expectativas dos investidores estrangeiros, que acreditam que o governo brasileiro está tomando muitas atitudes imediatistas e se metendo demais na economia e que não está pensando no futuro (com investimentos em educação e infra-estrutura). E que logo, logo a farra com as commodities vai acabar...


Seguem alguns trechos da matéria:


"(...) as medidas que já vinham sendo tomadas para valorizar o dólar, somada com o aumento nas preocupações com a crise que causa uma fuga do investidor estrangeiro em direção ao dólar, levou a cotação do real mais para baixo do que outras moedas."

"(...) o real estava sobrevalorizado, por isso que numa comparação simples, a queda é maior que a de outras empresas. O importante é entender o porquê desta sobrevalorização.
(...) havia uma visão muito superior sobre a qualidade do Brasil e a ideia de que o país continuaria atraindo capital estrangeiro. A crise, porém, causa uma retenção da liquidez por parte dos investidores estrangeiros. “Esse investidor acaba preferindo segurança ao invés de rentabilidade e o Brasil sempre teve a rentabilidade como maior atrativo”, afirma. Conclusão: medidas para frear o real mais os fatores ‘naturais’ que vieram agora refletem em dobro sobre a moeda."

"(...) a revista The Economist nessa semana. A publicação, que já estampou em sua capa o Cristo Redentor como um foguete para representar o Brasil decolando, está mais cética sobre as condições do país.
A revista critica algumas medidas recentes do governo, diz que a presidente Dilma pode estar se acostumando com um crescimento de 4% da economia, e que isso machucará o Brasil. “Investidores vão começar a procurar mercados na América Latina – como Peru, Colômbia ou, quem sabe, o México”."


Estratégias de mídias sociais e redes sociais

Palestra: Estratégias de mídias sociais e redes sociais


Excelente palestra do meu amigo Luciano Teixeira sobre mídias sociais e estratégias de mkt nas redes, conectando conhecimentos de antropologia, marketing, estatísticas, financeiro, rh, e de tecnologia da informação (clique no link "Palestra" para assistir).

Renda extra mensal pode chegar a 100.000 reais




6 dicas de atividades alternativas que podem render até mais de 100.000 reais



Com renda extra, controle de gastos que não são essenciais fica muito mais fácil

Em matéria divulgada no site da revista Exame, a autora traz excelentes dicas sobre como conquistar novas receitas, especialmente para lidar com aqueles gastos extras nossos de cada dia... Para quem precisa se organizar (ou reorganizar) nas finanças, ou ainda para quem pensa em juntar um dinheiro para investir, viajar, trocar de carro, etc, segue resuminho das dicas:

1.     Ministre palestras
“Todo mundo tem alguma história para contar”. Em um mercado que cresce bastante, qualquer um com alguma bagagem e boa desenvoltura podem dar palestras – de camelôs ao ex-presidente Lula. Os cachês variam bastante, mas não é difícil receber mais de 1.000 Reais. A Ata Palestras oferece treinamento para quem quiser iniciar na área, e também busca empresas que paguem pelas palestras. (http://www.palestras.com.br/)

2.     Faça um blog ou crie um site e atraia anúncios
“Fazer um blog ou criar um site, dependendo do número de acessos, pode render até centenas de milhares de reais com anúncios. Segundo Edney Souza , vice-presidente da Boo Box e coordenador do Curso de Educação Executiva em Redes Sociais da Trevisan, um  veículo criado há pouco tempo e que chegue a ter 10.000 acessos diários pode render mais de 1.000 reais em anúncios em menos de um mês.
Para quem está começando e não sabe como atrair  anúncios, na Boo Box o autor do site ou blog se cadastra de graça e a empresa fica responsável por trazer os anunciantes. Eles encontram as empresas que possam ter interesse em anunciar, de acordo com o perfil do site, e cobram do publisher 50% sobre o valor pago pelo anunciante.” (http://boo-box.com/?locale=pt-BR

3.     Participe de um Conselho Administrativo
“Antes os conselheiros de administração eram admitidos apenas por indicação e se fossem grandes executivos”. Hoje, os recrutadores buscam esse tipo de profissional ou ele mesmo se apresenta. Um Conselho de Administração define os rumos de um negócio – para isso, não requer necessariamente cargos de chefia, mas sim conhecimentos específicos que podem contribuir para a empresa. A remuneração média de um conselheiro é de R$ 14.000,00. Entretanto... “Para quem quiser encarar este “sofisticado” trabalho extra, mas não sabe por onde começar, o IBGC tem um curso de formação com duração de 64 horas. O investimento é de 9.000 reais para associados e 11.000 reais para quem não é sócio.” (http://www.ibgc.org.br/Home.aspx)

4.     Conquiste clientes para conhecidos e peça comissão
“Basicamente, ela consiste em pedir uma remuneração por algo que as pessoas fazem banalmente: indicar serviços de médicos, advogados ou consultores a conhecidos.” Excelente ideia para quem tem pouco tempo, mas boa uma rede de contatos (tanto pessoais quanto profissionais) e grau de influência elevado – o que contribui para o aumento da remuneração.

5.     Faça traduções de textos
“Fazer traduções de livros, artigos, documentos e afins é outra opção que não compromete o seu emprego principal. O tradutor pode determinar a hora e o local do trabalho livremente.” Não precisa ser profissional.

6.     Escreva um livro
“Inúmeros sites de editoras possuem um campo de acesso escrito: Seja nosso autor. Com uma boa ideia e alguma vocação é possível se tornar um escritor, mesmo sem dedicação exclusiva à atividade. E, dependendo da aceitação, a renda extra pode ser alta e duradoura. Mais uma vez, tudo depende de uma avaliação sobre o que você tem para dar e o que o universo esta disposto a pagar.” 

Principais riscos do projeto

Disciplina: Elaboração, Avaliação E Controle De Projetos

Semestre: 2010/2



Introdução



Todo projeto está sujeito a diversos fatores de risco, desde sua idéia inicial até sua concepção final. Os riscos decorrem do conjunto de efeitos e de externalidades negativas, bem como de falhas na configuração e omissões em especificações. De qualquer forma, os riscos de um projeto podem ser calculados e minimizados com a coleta de dados e informações comerciais; históricos setoriais, de mercado e de público; e com a descrição sistemáticas dos efeitos e das externalidades positivas e negativas – projetando diversos possíveis cenários. Os riscos podem ser financeiros, operacionais, institucionais e legais e ainda administrativos e de marketing.



Outro ponto importante é que, à medida que o projeto envolve novas tecnologias, os riscos tendem a aumentar. No caso do “laptop de 100 dólares”, além da nova tecnologia, o público era muito amplo, e ainda havia concorrência para licitação pública nos casos de venda para governos de diferentes países para utilização didática.



A expectativa de Nicholas Negroponte, cientista da computação e idealizador do referido laptop, era de alcançar entre 5 e 10 milhões de unidades em uso, no praze de dois anos, entre vendas em lojas e distribuição em larga escala para estudantes de regiões pobres do planeta.



Riscos operacionais ou administrativos



Os riscos operacionais envolvem, de maneira geral, recursos, transporte, comunicações, esperas e atrasos, eventos não previsíveis e custos acima do orçamento. Os riscos administrativos envolvem competidores, obsolescência, custos operacionais e flutuações no mercado.



Eventos não previsíveis...



Entre os eventos não previsíveis, discorridos na reportagem de Rydlewski, encontram-se a não aceitação da entrada dos produtos em alguns países, como no caso da Nigéria, onde o ministro da Educação local levantou a questão de que as crianças de seu país não tinham nem onde se sentar para estudar, e qual seria a vantagem de um laptop para elas. Apesar da resposta de Negroponte de que a precariedade acentua o uso de seus computadores portáteis, ainda muitos países permaneceram reticentes.



Outros eventos não previsíveis, que serão discutidos ao longo deste trabalho, são a divisão de mercado (competidores) e custos acima do orçamento, a seguir.



Custos acima do orçamento...



O laptop, que inicialmente seria vendido a 100 dólares, três anos depois custava 188 dólares na porta da fábrica – o que não contava ainda com os custos de transporte, armazenagem, etc. Além disso, para comercialização na área educacional no Brasil, o MEC apresentava outras exigências, como seguro, suporte técnico e garantia, além dos clássicos impostos brasileiros. Somando tudo, o laptop de 100 dólares foi oferecido em leilão a 370 dólares – o que, segundo Roseli Lopes, pesquisadora do Laboratório de Sistemas Integráveis, tornaria o projeto de entregar um laptop por aluno impraticável.



Riscos financeiros ou institucionais e legais



Entre os riscos financeiros, encontram-se mudanças em tarifas e nas exigências de crédito; flutuações nas taxas de juros e de câmbio, nos custos de insumos e nos preços do produto/serviço. Os riscos institucionais e legais, de forma abrangente, competem a expropriações, instabilidade política, mudanças na legislação, dissociação de financiador/financiamento e prejuízos de terceiros (como um desatre ambiental, por exemplo).



Competidores...



Toda boa idéia vem seguida de novos concorrentes. Com a criação de um computador portátil de baixo custo, a OLPC (One Laptop Per Child, ONG de Negroponte) abriu mercado para outras marcas entrarem no segmento, como a Intel, que criou um laptop com o custo final de 350 dólares (fabricados pela Positivo).



Obsolescência...



Segundo o site Compute-rs.com, o prazo de obsolescência de um laptop é de 2 a 3 anos. A garantia exigida pelo MEC, no caso de uma aprovação para a venda dos modelos da OLPC, seria de três anos.



Flutuações no mercado...



Além das flutuações de preços de varejo decorrentes da relação oferta-demanda, ainda há a flutuação do câmbio, visto que o produto é negociado em dólares.





Conclusão



Frente à enorme expectativa de seu criador, o OX, nome do laptop da OLPC, esbarra em diferentes riscos de mercado, como público, segmento, flutuações de mercado, concorrência, custos acima do esperado e eventos não previsíveis. Riscos esses que poderiam ter passado por uma análise de campo mais profunda, evitando tamanhas frustrações com o projeto já pronto.



Referências bibliográficas



Apostila FGV Online.



RYDLEWSKI, Carlos. Era uma vez um laptop de 100 dólares. Veja, São Paulo, fev. 2008. Disponível em: HTTP://qualinfo.com.br/noticiaunica.php?cosnot=349. Acesso em: 31 maio 2010.



Laptop de leasing podem beneficiar sua empresa de pequeno porte. Compute-rs.com. Disponível em: http://www.compute-rs.com/pt/conselho-2959996.htm. Acesso em: 10 novembro 2010.

Sucesso e Fracasso

Disciplina: Elaboração, Avaliação E Controle De Projetos

Semestre: 2010/2



Introdução



O sucesso ou o fracasso de um projeto dependem, de uma maneira geral, dos mesmos fatores. O que determina se cada fator levará ao sucesso ou ao fracasso, é justamente a elaboração do projeto e a capacidade de gerenciamento do gerente de projetos. Alem disso, pode-se citar de maneira resumida, outros aspectos como: comunicação (interna e externa), clareza e objetividade das informações e definições, cronograma com tempo adequado, alinhamento com os objetivos do cliente, e por aí vai.



De acordo com cada projeto, as metodologias preexistentes tendem a ser trabalhadas e acabam incorrendo determinadas alterações. Isso se dá pelo propósito específico de cada projeto, detalhamentos e escopos diferentes, mas também pelo amadurecimento e grau de formação do gestor como profissional da área de gerenciamento de projetos.



Fatores responsáveis pelo sucesso de um projeto



Dentre os principais fatores responsáveis pelo sucesso de um projeto, é a adequação dos pontos a seguir com os aspectos supracitados.



De acordo com Paulo Ferrucio, no fator Missão do Projeto – Definição clara dos objetivos e direções gerais, é preciso também levar em consideração as pessoas que serão afetadas pelo projetos, como gerentes, usuários e fornecedores de informações, bem como equipe técnica e eventuais parceiros. Segundo o autor,” É importante que todos os envolvidos entendam exatamente o que está para ser iniciado e estejam em condições de influir na fase de planejamento e evitar retrabalhos que levam a atrasos, custos não planejados e, eventualmente, abandono do projeto por tornar inviável a sua continuação. Nessa fase do planejamento também se define o critério de aceitação, o cronograma e os recursos necessários.”



Paulo Ferrucio também cita como fatores críticos de sucessos:

• Apoio da Alta Gerência – A disposição da alta gerência para fornecer os recursos e autoridade / poder necessários ao sucesso do projeto.

• Plano e Cronograma do Projeto – Especificação detalhada dos passos e ações para a implantação do projeto.

• Envolvimento do Cliente – Comunicação, envolvimento e participação de todas as partes impactadas.

• Pessoal – Recrutamento, seleção e treinamento do pessoal necessário para compor a equipe.

• Tarefas Técnicas – Disponibilidade da tecnologia e conhecimentos necessários para completar tarefas técnicas específicas.

• Aceite do Cliente – O ato de “vender” o projeto final para o seu usuário final.

• Acompanhamento e Feedback – Fornecimento periódico de informações completas de controle em cada estágio do processo de implantação.

• Comunicação – A disponibilidade da estrutura e dados necessários a todos os principais envolvidos na implantação do projeto.

• Solução de Problemas – Habilidade de lidar com crises inesperadas e com desvios do plano.



Apesar de terem sido colocadas pelo autor em ordem de importância ou relevância, todos os fatores apresentam ligações entre si, tornando-se interdependentes – o que pode levar ao sucesso mas também ao fracasso, do todo.



Fatores responsáveis pelo fracasso de um projeto



De acordo com o site da Australian Institute of Project Management, determinados tipos de empresas conduzem a maior parte de suas atividades como projetos, e isso vem emergindo como uma tendência forte. Entretanto, algumas organizações ainda não conseguem entender como se estruturar para efetivamente criar uma estratégia avançada de projetos. Infelizmente, muitas empresas ainda agem de forma severa e autoritária, o que acaba impedindo a sinergia entre os parceiros de negócios, unidades de trabalho, enfim, entre todos os envolvidos com o projetos e a companhia. As empresas devem se estruturar para criar integração, sinergia, entre estratégia, projeto e produtos; focar na equipe de trabalho e nos resultados orientados.



E o mesmo acontece no Brasil. Como descrito por Paulo Ferrucio, “O gerente do projeto, (...), precisa ser reconhecido como o condutor das ações que levarão aos resultados esperados. Então ele precisa ter autoridade para tomar decisões que envolvem a contratação de pessoas, produtos e serviços, gerenciar mudanças, conflitos, custos, riscos, qualidade, tempo e relacionamento com o Cliente”. Por mais inovadora que seja uma empresa, suas idéias, visão e valores, ainda carregamos uma genética muito forte que “engessa” determinadas tentativas de melhorias de processos e gerenciamento de projetos – muitas vezes por que até mesmo a alta gerência não tem o conhecimento necessário para apoiar projetos, por exemplo, ou para criar equipes estruturadas e focadas no resultado orientado pelo projeto. Certa vez trabalhei em uma das 25 empresas mais inovadoras (segundo a IstoÉDinheiro de 2009), onde não havia este tipo de orientação com base na estruturação e orientação por projetos e processos. Inclusive busquei iniciar e trabalhar com alguns projetos de menores proporções em uma filial, mas não obtive o êxito que gostaria justamente por falta de apoio. A cultura de uma empresa é muito difícil de se alterar no curto prazo, mas tenho certeza de que deixei bons frutos plantados para colheitas futuras.



Conclusão



Na busca pelo sucesso de um projeto, não há apenas um ou dois fatores responsáveis. Um projeto é um conjunto de fatores, etapas, processos, atividades, pessoas, todos interconectados pelo fio da comunicação que deve acompanhar todo o processo, bem como deve encontrar todas as pessoas envolvidas – da alta gerência aos executores, buscando sempre caminhar junto do objetivo do cliente/consumidor final. Dessa forma, conforme colocado no início, não há um principal fator de sucesso (ou de fracasso), mas existe o gerente de projetos que pode buscar trabalhar da melhor maneira possível com as ferramentas adequadas.



Referências bibliográficas



FERRUCIO, Paulo. Fatores críticos de sucesso em GP. Disponível em: . Acesso em: 02 jun. 2010.



Michel Thiry Thought Leaders seminar. Wednesday 27 February (2008). Disponível em: http://www.aipm.com.au/html/0802-krc-thought-leaders-thiry.cfm Acesso em: 01 nov. 2010.

Competitividade das exportações brasileiras

Disciplina: Negócios Internacionais

Semestre: 2010/2



Introdução



Muitos fatores tem sido determinantes para a expansão das exportações brasileiras – tanto em volume de produtos quanto em volume financeiro. Pode-se citar como alguns desses fatores os acordos comerciais internacionais; o apoio de crédito e financiamento providos por órgãos como o BNDES; apoio de instituições como o Sebrae; além da demanda internacional por produtos brasileiros, atualmente reconhecidos, de maneira geral, por sua qualidade, design, tecnologia, materiais e preço – tornando nossos produtos competitivos no cenário externo. Serão abordados os setores de calçados, biquinis, bijuteris e moveleiro para uma breve análise de que forma e porque esses setores tornaram-se competitivos internacionalmente.



Justificativa



De acordo com o site Portal do Exportador, do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, os acordos comerciais internacionais vão além das reduções tarifárias, promovendo também uma diminuição de obstáculos não-tarifários e harmonização de normas, que propiciam uma maior integração econômica entre as partes e maior acesso aos mercados, uma vez que os intercâmbios fluem com maior liberdade entre esses países-membro de determinado acordo. O BNDES oferece financiamentos à exportação de bens e serviços através de instituições financeiras credenciadas, em diversas modalidades e linhas. O SEBRAE desenvolveu o programa de Internacionalização das Micro e Pequenas empresas, abrangendo exportação e importação, realizando acordos e parcerias com empresas no exterior para vendas a terceiros, tornando as Micro e Pequenas Empresas brasileiras mais competitivas também no cenário internacional.

“Muito esforço tem sido aplicado, seja no âmbito empresarial como no governamental, para reduzir o gap competitivo da industria e da economia brasileiras.” (TIRONI, 2000). A autora destaca o associativismo competitivo como uma das soluções para o desenvolvimento industrial baseado na mobilização e máximo aproveitamento de capacidades locais, junto aos agentes públicos e privados envolvidos com as questões do desenvolvimento econômico e social.





Desenvolvimento



Além de todo o apoio citado anteriormente – e que se extende a praticamente todos os setores – cada setor apresenta particularidades que impulsionam seu sucesso no mercado internacional, como serão vistos a seguir.



No setor de calçados, segundo dados da Abicalçados, Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, e do site courobusiness.com.br, o Brasil é o 3º maior exportador de couros e calçados do mundo, com capacidade tecnológica e de mão de obra para superar essa marca. Além disso, segundo o site aprendendoaexportar.gov.br, no setor calçadista o Brasil é reconhecido pela capacitação em design, marca e qualidade, tecnologia, associada a vantagens em custo. Ainda, o Brasil é o maior cluster do mundo no setor, apresentando auto-suficiência em todos os processos produtivos. COSTA, 2002, bem como os demais sites especializados consultados, também cita os Estados Unidos como principal importador dos nossos calçados brasileiros.



O setor de bijuterias tem como principal característica para sua expansão internacional a variedade e a disponibilidade de diferentes metais, ligas metálicas, pedras e materiais naturais como sementes e folhas secas. Além disso, a tributação para exportação é menor, influenciando diretamente no seu preço final no mercado externo. Outro ponto relevante é o reconhecimento do design brasileiro, no que tange à criatividade e quaidade de acabamentos.



O setor moveleiro no Brasil possui produtos de qualidade internacional, farta mão de obra, e excelentes matérias-primas, além de tecnologia o conhecimento. Além disso, conta com disponibilidade de matéria-prima, qualidade de materiais e acabamentos, design e inovação também com a introdução de diferentes materiais na composição estrutural dos móveis.



No setor de biquinis, o que chama a atenção é a fama do Brasil de produzir peças de qualidade com modelagem e estampas exclusivas, além dos materiais utilizados, de altíssima qualidade, variedade, introdução de materiais acessórios (como pedras, sementes, etc) e tecnologia dos tecidos. Há anos o Brasil é reconhecido no exterior por marcas como Rosa Chá, Morena Rosa, Cia Marítima, Blue Man, entre diversas outras marcas famosas de moda praia que inclusive participam dos principais desfiles e semanas de moda internacionais.





Conclusão



O Brasil é referência em design, tecnologia, matéria-prima e criatividade, em todos os setores analisados. Ou seja, a união do incentivo por parte do governo e órgãos de apoio a empresas ao material humano brasileiro (criatividade, pesquisa de tecnologias, modelagem, acabamento, ect), além da abundância de matéria-prima, são os diferenciais que tanto atraem os olhos internacionais aos nossos produtos.



Sob outra ótica, pode ser afirmado ainda que uma coisa puxa a outra, quanto mais o Brasil exporta, mais investe em tecnologia, mais se torna criativa e experimenta novas modelagens e materias, e mais exporta novamente.







Referências bibliográficas



COSTA, Achyles Barcelos da. Estudo da competitividade de cadeias integradas no Brasil: impactos das zonas de livre comércio. Universidade Estadual de Campinas, dez. 2002. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2010.

TIRONI, Luís Fernando. Os desafios e oportunidades da indústria brasileira: o associativismo competitivo. Brasília, ago 2000. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2010.

Exporta Fácil. Disponível em: http://www.correios.com.br/exportafacil/cfm/centro_comous.cfm . Acesso em 23 nov. 2010.



Série Aprendendo a Exportar. Disponível em: http://www.aprendendoaexportar.gov.br/inicial/index.htm . Acesso em: 23 nov. 2010.

Acordos Comerciais e Sistemas de Preferências (SGP e SGPC). Disponível em: http://www.portaldoexportador.gov.br/index.php?option=com_weblinks&catid=27&Itemid=61 . Acesso em: 23 nov. 2010.

Linhas de Apoio à Exportação do BNDES. Disponível em: http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1196961642.pdf . Acesso em: 23 nov. 2010.

Internacionalização de Empresas. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/uf/rio-grande-do-norte/areas-de-atuacao/ampliacao-do-mercado/exportacao . Acesso em: 23 nov. 2010.

Associação Brasileira das Indústrias de Calçados. Disponível em: www.abicalcados.com.br/ . Acesso em: 17 nov. 2010.



Couro Business. Disponível em: www. courobusiness.com.br . Acesso em: 17 nov. 2010.

MOTTA, Sandra. Cresce a exportação de bijuterias. São Paulo, 27 nov. 2005. Disponível em: http://www.sebrae-sc.com.br/noticias/mostrar_materia.asp?cd_noticia=10728 . Acesso em: 23 nov. 2010.

Fábrica de biquínis: Exportação é alternativa. 26 jul. 2006. Disponível em: http://www.sebrae-sc.com.br/novos_destaques/oportunidade/default.asp?materia=12216 . Acesso em: 23 nov. 2010.

Relações Governo-Empresa

Disciplina: Negócios Internacionais

Semestre: 2010/2



Introdução



Desde 1977 há presença de capital estrangeiro direto nos diversos setores da economia brasileira. De lá pra cá, o Brasil passou por diferentes situações econômicas, afetando diretamente a presença de tais investimentos de acordo com o período. A partir de 1995, com a contenção e estabilização da inflação, bem como com a revisão constitucional que eliminava restrições setoriais para a entrada de capital estrangeiro na economia brasileira, o fluxo de entrada de capital estrangeiro. Em 1998, com as privatizações, novamente observou-se elevação na participação estrangeira.



Encontramos investimento estrangeiro hoje no Brasil em diversos setores e diferentes etapas produtivas - desde componentes eletrônicos a produtos acabados e parcerias com o governo. De acordo com o interesse do governo, há alterações nos planos de incentivos ficais, como serão citados alguns exemplos ao longo do trabalho.





Justificativa



Diversos fatores têm impulsionado a implantação de empresas multinacionais no Brasil. Além da mão de obra mais barata, fatores como custo de transporte e tarifas de exportação para os mercados consumidores também são levados em consideração. Dependendo do projeto, também pode ser interessante para o próprio governo que entre capital e tecnologia estrangeira, como no caso da construção do trem-bala que ligará Campinas - São Paulo - Rio de Janeiro. Para tanto, o governo lançou um programa de licitação, onde já foram iniciadas conversas com países como Alemanha, Japão, Franca, China, Coréia e Espanha. Segundo o site Uol, "O governo publicou medida provisória para garantir recursos de até R$ 20 bilhões para o financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao projeto. (...) Será escolhido para implantar e operar o trem-bala o consórcio que pedir o menos montante de financiamento do BNDES; o critério seguinte - em caso de empate - será a menor tarifa para o usuário."





Desenvolvimento



Segundo Gregory e Oliveira, entre os principais benefícios, de maneira geral, dos investimentos estrangeiros diretos, encontram-se: o fortalecimento dos elos na cadeia produtiva, pela presença de empresas estrangeiras na economia de um país gerar o incremento de importações e exportações; aperfeiçoamento de práticas de governança corporativa, para a introdução de novas tecnologias e para elevar os níveis de eficiência; difusão de conhecimento no país hospedeiro, especialmente em setores que demandem transferência de tecnologia e formação de capital humano. Além disso, as empresas internacionais costumam ter mais conhecimento sobre o mercado internacional, facilitando sua atuação comercial e exportadora/ importadora.



Apesar de diversos e consistentes benefícios, a introdução de empresas estrangeiras, ou a internacionalização de empresas brasileiras, sugere no médio-longo prazo que a balança comercial comece a pesar, haja vista que tais empresas, a partir de determinado momento começariam a repatriar os lucros e importar tecnologia e mão de obra de seus países de origem. Segundo o Boletim Economia e Conjuntura, as remessas de renda líquida, incluindo lucros dividendos, para o exterior tem se mantido estável (em % do PIB) entre setembro de 2009 e junho de 2010. Além disso, há incitação de concorrência (que também pode ser um aspecto positivo, do ponto de vista de empresas locais esmerarem-se para alcançar tecnologia e mercado), que também pode acabar sufocando empresas locais pelo preço, tecnologia, governança, etc.



Segundo o site da Incubadora Tecnológica Univap, "Portaria interministerial nº 501 (MCT/MDIC), publicada hoje (1º/07) no Diário Oficial da União, reduz para até 45 dias o prazo de análise dos pedidos de fruição dos incentivos fiscais pelas empresas. Antes esse prazo podia demorar até um ano, o que prejudicava fortemente a indústria nacional e as empresas estrangeiras que desejavam se instalar no Brasil." De acordo com a matéria publicada, dois fatores contribuíram para encurtar o período de espera pela isenção ou redução do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, previsto na Lei de Informática e no Decreto 5.906/2006, que regulamentou os incentivos fiscais. O primeiro fator foi a exclusão da Receita Federal do processo de análise dos pleitos feitos pelas empresas; o segundo foi o uso do sistema Sigplani, utilizado nos últimos anos pela Secretaria de Política de Informática para recebimento e avaliação das declarações dos fabricantes sobre os investimentos anuais que fizeram em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Em contrapartida, as empresas habilitadas aos incentivos deverão implantar o Sistema de Qualidade, em conformidade com as Normas ISO 9000; ainda, essas empresas deverão implantar um programa de participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa.



De acordo com Ana Lucia Guedes, "No âmbito das relações governo-empresa, o modelo de diplomacia triangular (Stopford e Strange, 1991) exige uma diplomacia comercial ativa que integre governo e setor privado e que esteja simultaneamente engajada tanto nas negociações multilaterais, no âmbito da OMC, quanto no fortalecimento de zonas de livre-comércio." Ainda, segundo a autora, "(...) identifica também como dificuldades a serem superadas pelo governo brasileiro para a atração de IDE, a ausência de um quadro normativo (nos âmbitos tributário e de propriedade intelectual) e os custos de infra-estrutura."



Segundo o Blog do Favre, em 2009, o governo federal trabalhava na elaboração de uma política de incentivos fiscais para a cadeia de exploração do petróleo no pré-sal com o objetivo de atrair empresas estrangeiras para produzir no Brasil, reduzindo a quantidade de máquinas, equipamentos e serviços a serem importados. Além disso, o MDIC, em trabalho com o BNDES, levantava os setores que deveriam ser beneficiados pela redução de impostos. A assessoria do MDIC disse à Folha que o plano é atrair fabricantes de bens e serviços internacionais envolvidos na exploração de petróleo; a indústria naval está entre as beneficiadas.





Conclusão



Apesar de "distâncias mais curtas" no que se refere a taxas de juros, contenção de inflação e outras políticas econômicas que favorecem a implantação de empresas estrangeiras, ou a internacionalização de empresas brasileiras, ainda há muito o que ser trabalhado no desenvolvimento de políticas fiscais e regulatórias para o estabelecimento e consolidação de tais empresas. O Brasil pode ser muito mais beneficiado com o intercâmbio de tecnologias, modelos de gestão, qualificação de mão de obra e conhecimento de mercado.





Referências bibliográficas



GREGORY, Denise; OLIVEIRA, Maria Fatima Berardinelli Arraes de. O desenvolvimento de ambiente favorável no Brasil para a atração de investimento estrangeiro direto. 2005. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2010.



GUEDES, Ana Lucia. Internacionalização de empresas como política de desenvolvimento: uma abordagem de diplomacia triangular. RAP, Rio de Janeiro, maio/jun. 2006. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2010.



Boletim Economia e Conjuntura

http://www.ie.ufrj.br/conjuntura/pdfs/Jul2010.pdf



Dilma confirma licitação do trem-bala. 17 nov. 2010. Disponível em: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/1,31503.html . Acesso em: 17 nov. 2010.



Governo concederá incentivos fiscais da Lei de Informática. 1º jul. 2010. Disponível em: http://www.incubadoraunivap.com.br/noticias2/netnews.cgi?cmd=mostrar&cod=635&max=8&tpl= . Acesso em: 17 nov. 2010.



Planalto prepara incentivos fiscais para atrair estrangeiras. Blog do Favre. Set. 2009. Disponível em: http://blogdofavre.ig.com.br/2009/09/incentivos-fiscais-para-a-cadeia-de-exploracao-do-petroleo-no-pre-sal-o-objetivo-e-atrair-empresas-estrangeiras-para-produzir-no-brasil/ . Acesso em: 17 nov. 2010.

Opções de Possíveis acordos no caso Sofia Luna

Disciplina: Negociação

Semestre: 2010/2



Introdução



A partir do caso estudado, foram desenvolvidas algumas opções/alternativas para possíveis acordos entre as partes.



Serão apresentadas as alternativas de negociação e as BATNAs da atriz Sofia Luna e da Companhia Cultura Moderna, sendo a companhia representada por seu gerente.





Justificativa



Patrocinador: autorizou pagar R$ 45.000,00 à atriz.



Cultura Moderna (Cia de Teatro): quer pagar o mínimo possível

(atriz principal inicial: R$ 30 mil / atriz coadjuvante: R$ 14 mil)

BATNA: R$ 45.000,00



Atriz Sofia Luna: quer o papel principal. Pontos a considerar:

- 4 anos atrás recebeu 22 mil por um papel principal (mas este valor quase duplicou de lá para cá, por causa da inflação).

- aceitaria fazer 50% de desconto.

- 1 ano atrás recebeu 12,5 mil por papel coadjuvante.

- nos último dois anos recebeu entre 10 a 18 mil por papéis coadjuvantes.

- um papel principal poderia lhe dar a chance de participar de um especial na TV e voltar a atuar como protagonista.

BATNA: R$ 15.000,00



ZOPA do caso: 15 mil (50% do valor da principal anterior – mínimo para a atriz) a 45 mil (autorizado pelo patrocinador – máximo para a Companhia).



Os rumores de que uma inexperiente atriz, representando o papel principal, recebeu acima de R$ 24.000 não serão considerados, visto que os cachês de atrizes em ascensão podem ser muito altos.





Desenvolvimento



Dentre as alternativas possíveis de acordo, destacaram-se as seguintes:



ALTERNATIVA 1: R$ 36.000,00

Visto que a atriz principal anterior não era tão famosa, entende-se o cachê de R$ 30.000,00. Entretanto, Sofia Luna é uma atriz experiente, e acostumada com papéis principais. Neste caso, a atriz não aceita menos de R$ 36.000,00. Principais argumentos:

- seu último cachê para papel secundário foi de R$ 18.000,00 – o cachê da principal é o dobro do valor, visto tabela usualmente utilizada pelo setor.

- ela é uma profissional, e não pode vender sua reputação por 50% do cachê.

- ela vai chamar a atenção da mídia com seu retorno aos palcos como atriz principal, o que geraria grande bilheteria.



ALTERNATIVA 2: R$ 22.500,00

Visto que a atriz Sofia Luna já não está mais entre as atrizes de primeira linha, e a Companhia Cultura Moderna tem receio de um fracasso de bilheteria, lhe oferece 50% do valor aprovado pelos patrocinadores, ou seja, R$ 22.500,00. Ainda, resta pouco tempo (3 semanas) para que Sofia Luna se prepare para o papel (estudo de personagem, ambientação, decorar as falas e “timming”), o que pode representar um fracasso na apresentação e críticas ruins sobre o espetáculo. Ainda assim, o valor se encontra entre o acordado entre a atriz anterior e o da atriz secundária.



ALTERNATIVA 3: R$ 30.000,00

Média aritmética entre as BATNAs de cada parte e próximo à média entre as alternativas 1 e 2 (R$ 29.250,00); além disso é igual ao valor acordado com a atriz que ficou doente.



ALTERNATIVA 4: R$ 45.000,00

A atriz Sofia Luna tem um “pití”, e diz que não aceitará nenhuma outra proposta, e que se os patrocinadores autorizaram este valor, é porque é o mínimo a ser pago a ela, auto-entitulada de “A Estrela Lua”. Ainda, a atriz coloca que a companhia de teatro não têm tempo para contratação de outra atriz nesse período, e que está com esse poder de barganha sobre a negociação.



ALTERNATIVA 5: R$ 15.000,00

Apesar de ser abaixo do valor da atriz secundária, é 50% do valor da principal anterior – que será negociado em troca de participações em programas especiais de TV, como matérias sobre sua carreira, entrevistas em talk-shows, além de fotos em eventos especiais e capas de revistas de fofocas.





Conclusão



Para a companhia de teatro, o ideal é pagar o mínimo possível à atriz – sem, claro, perder a chance de contrata-la.



Já atriz deve considerar o que é mais válido a ela: cachê maior, com exposição na mídia indefinida – dependente do índice de sucesso da peça em cartaz, baseado em crítica e bilheteria; ou cachê menor, com maior exposição na mídia (TVs e revistas).



A companhia não tem muito tempo hábil para nova seleção de atrizes para o papel, e fica amarrada à aceitação de uma das propostas pela atriz.



Um acordo, para ser bom, tem de ser bom para as duas partes. Nesse caso, a atriz confiará em seu trabalho para chamar a atenção da mídia e conquistar a crítica, forçando um acordo de R$ 30.000,00 – mantendo os custos de contratação iguais aos da atriz anterior. Dessa forma, o valor fica no centro da ZOPA do caso.





Referências bibliográficas



O CASO DA ATRIZ: SOFIA LUNA.

Tintas Coral e Arteventos

Disciplina: Negociação

Semestre: 2010/2



Introdução

Por definição, segundo Sebenius e Lax, “Negociação é a possibilidade de fazermos algo melhor por meio de uma ação conjunta”. Para que uma negociação finalize positivamente para todos os lados, algumas questões devem ser consideradas, como BATNA, interesses, opções e prioridades de cada lado.



Dentro do case apresentado, uma reunião entre o sócio da Arteventos e o representante das Tintas Coral, serão trabalhados na prática os conceitos básicos de negociação.



Ambientação: uma Feira de Equipamentos Agrícolas, patrocinada pela Prefeitura de Petrópolis, será totalmente ao ar livre. Este evento terá a duração de quinze dias, com stands que não serão reaproveitados. Os trabalhos de construção e montagem começam hoje, data zero, no Parque de Itaipava.



Material que a Arteventos precisa: 400 galões de tinta branca; 200 de azul; 100 de amarelo; 100 de vermelho; 100 de verde e 100 de lilás. Total: 1.000 galões





Sua BATNA, seus interesses, suas opções e as prioridades que poderiam ser utilizadas por você



Recurso disponível: R$ 10.000,00 para a compra das tintas e para dividir com o seu sócio o lucro da operação.



Prazo de negociação/conclusão do negócio: 7 dias.



Em evento anterior, outro representante fez o preço de R$ 8,00 por galão; portanto, a Arteventos leva o valor de R$ 8.000,00 como referência para a negociação. Entretanto, assume um Batna de R$ 8.500,00 visto que o prazo é curto, e só há este representante de tintas disponível.

(planilha1)
Interesses: Dentre os interesses da Arteventos nessa negociação, destacam-se:

• Fechar um acordo logo, pois o prazo é curto;

• Valor mais baixo possível, visto que o “troco” da compra das tintas será o lucro do trabalho nesta exposição;

• Fechar um bom preço e estabelecer uma parceria para os próximos eventos, visto que a empresa está começando já com bastante trabalho.



Opções: Como os stands não serão reaproveitados, e a exposição terá a duração de 15 dias, não há interesse por parte da Arteventos em pagar mais caro por tintas mais duráveis em ambientes externos. Pode-se optar por tintas mais baratas, que não ofereçam tanta resistência a intempéries.



Prioridades: Fechar logo o acordo, pois tem-se o prazo de 7 dias a partir de hoje para fechar o pedido, lançar nota, receber a entrega e pintar, pessoalmente, os stands, visto a falta de funcionários. Outra prioridade é o baixo valor, visto que o lucro será o que sobrar da compra das tintas, e deverá ser dividido por dois sócios igualmente.





A BATNA, os interesses e as opções que o representante das Tintas Coral teria



Valor concorrentes: R$ 8,00 a R$ 9,00 por galão – preço abaixo do valor das Tintas Coral, mas que será utilizado como forma de pressionar o comprador.



Assume como Batna R$ 8.000,00, que é o valor mínimo do concorrente, para as tintas do tipo B. Entretanto, não possui amarelo e branco tipo B.



Para ficar com os preços condizentes com os da concorrência, estipula-se que as tintas tipo A fiquem em R$ 9,00 o galão, e as tipo B fiquem em R$ 8,00 o galão, conforme as tabelas a seguir.

(planilha2)

Interesses: vender tintas tipo A, para ambiente externos, para não denegrir a imagem da empresa caso a tinta tipo B, para ambientes internos, comece a perder qualidade por estar exposta às intempéries.



Opções: Como os stands não serão reaproveitados, e a exposição terá a duração de 15 dias apenas, pode assumir o risco de vender tintas tipo B, para ambientes internos, que não oferecem tanta resistência às intempéries, conforme pesquisa divulgada pela própria Tintas Coral.



Prioridades: Fechar logo o acordo, pois tem-se o prazo de 2 dias a partir de hoje para fechar o pedido, lançar nota e entregar. Outra prioridade é o valor, visto que o Batna está em R$ 8.000,00. Além disso, há a possibilidade de tornar-se fornecedor exclusivo.





Conclusão



A reunião começa, os pontos acerca da durabilidade e resistência das tintas tipo A e tipo B são resolucionados – visto que a exposição em ambiente externo será por tempo reduzido e não haverá reutilização dos stands – e entra o argumento de reutilização dos stands, mas que, para o momento, é refutado pela Arteventos, que não possui estrutura para armazena-los.



Em relação ao valor, mesmo o preço de referência da Arteventos e o Batna da Coral serem congruentes (optando pelo tipo B de tintas), não há a possibilidade de entrega das tintas branca e amarela tipo B, apenas no tipo A, o que acaba tornando o objeto da negociação mais caro. Segue tabela de acordo com as possibilidades de entrega por parte do representante da Coral:


(planilha3)

Dessa forma, chega-se ao acordo de R$ 8.500,00.



Para a Tintas Coral foi bom, pois há a chance de participar de outros eventos com exclusividade na pintura dos stands, o preço ficou dentro da sua Zopa, não haverá tanto risco de depreciação da marca pela exposição às intempéries.



Para a Arteventos, o valor ficou acima do seu esperado, entretanto, como precisava a curto prazo, teve de aceitar o acordo com a inclusão de duas cores do tipo A. Dessa forma, o lucro para os sócios foi menor do que o esperado, mas para o próximo evento haverá nova negociação, com maior prazo de entrega, e novos estudos de estruturação dos stands – ou para reaproveitamento, ou para redução de custos.





Referências bibliográficas



CASO das Tintas - Empresa Arteventos. FGV Online, 2008.



ERTEL, Danny e SÁNCHEZ, Francisco J. A fase da preparação: Diretrizes práticas para chegar em forma à reunião. HSM Management, 8, maio-junho 1998.



Apostila Negociação (Nova Norma). FGV Online.

Responsabilidade Social e Empreendedorismo Social

Disciplina: Administração Empreendedora

Semestre: 2010/2



Introdução



Social, Empreendedorismo, Responsabilidade. São palavras que fazem parte do cotidiano não só dos gestores, mas começam a integrar o vocabulário do público com freqüência. Empreender, ser socialmente responsável, como começar? Na presente atividade serão abordadas algumas possibilidades, limitações, práticas e exemplos.



Responsabilidade social empresarial, segundo o Instituto Ethos, é: “Responsabilidade social empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.”



Já o empreendedorismo social tem na sociedade civil o seu principal foco de atuação, e sua estratégia na parceria envolvendo comunidade, governo e setor privado. Deve buscar ser o agente de mudanças na sociedade, por meio de adotar uma missão de gerar e manter o valor social, de buscar novas oportunidades para servir a essa missão, de não se limitar aos recursos disponíveis, de zelar pela transparência com seus parceiros e público, bem como com os resultados gerados.





Possibilidades de adoção de práticas de responsabilidade social empresarial por negócios iniciantes, principalmente pelas pequenas e médias empresas



Uma empresa de porte pequeno e médio, pode iniciar sua caminhada adentro da responsabilidade social com gestos simples e que não demandem tantos recursos financeiros, como o desenvolvimento de políticas e práticas da organização com o compromisso de constituir um ambiente de trabalho saudável e propício à realização profissional de seus funcionários, atraindo e mantendo talentos que são fundamentais para o seu sucesso. Ainda no início do negócio, o desenvolvimento de atitudes ecologicamente corretas também ajudam na redução de custos com energia, matéria-prima, materiais de escritório, entre outros. A partir de soluções simples e baratas, as empresas iniciantes podem crescer já com o espírito de responsabilidade social e, mais à frente, expandir seus projetos na área.



Limitações enfrentadas pelos empreendedores



Pequenas e médias empresas em fase inicial costumam ter determinadas restrições de caixa. Portanto, hesitam mais na contratação de pessoas especializadas em gestão social e ambiental, por exemplo, ou mesmo para o desenvolvimento de um programa de qualidade dentro da empresa. Entretanto, existem fatores de incentivo a práticas de responsabilidade social por parte do governo, além de outras vantagens competitivas como desempenho e motivação.



Outro fator de limitação enfrentado pelos empreendedores é a falta de cultura de responsabilidade social, o foco no imediatismo, no egocentrismo, típicos do nosso país. Esse fator só será alterado com educação e cultura ao acesso do público geral. Também podem ser citados como limitadores: a falta de mão de obra qualificada, a informalidade na economia e o autoritarismo (mal) disfarçado.



Principais práticas de RSE seguidas no Brasil – ferramentas e metodologias



Entre as principais práticas de Responsabilidade Social Empresarial no Brasil, destacam-se as normalizações e certificados de qualidade, que seguem rigorosos sistemas de controle e metodologias. Além disso, tem-se visto bastante a responsabilidade das empresas para com seus funcionários (compromisso interno), e para com o ambiente (responsabilidade ambiental). Para empresas de grande porte, o cumprimento a determinadas regras tem sido mais fiscalizadas, como governança corporativa, apresentação de projetos e balanços sociais e ambientais, selos de qualidade de produtos, entre diversos outros indicadores.



Exemplo de empresa que, declaradamente, adota a RSE

A empresa selecionada foi o Laboratório Ghanem, de Joinvilles, SC, que consta na relação de empresas associadas ao Instituto Ethos. A empresa trabalha com responsabilidade social interna e externa, social e ambiental, cultural e economicidade, contando com diversos programas, prêmios e certificações (inclusive ISO 9001); bem como possui balanço social com divulgação anual. Programas ambientais, culturais e de integração fazem parte do cotidiano dos colaboradores do Laboratório. Segundo o site da empresa, em relação à sua missão, visão e valores: “Missão: “Ser excelência em análises clínicas e desenvolver ações econômicas, sociais, e ambientais para promover a qualidade de vida”. Visão: “Ser referência em análises clínicas, comprometido com a saúde e o desenvolvimento científico até 2011”. Valores: Ética; Competência; Qualidade; Paixão; Companheirismo; Responsabilidade Sócio-Ambiental; Diversidade.”

Tamanho e setor de atuação dessa empresa



O Laboratório é uma empresa atualmente de porte Pequeno. Atua na área da saúde, mais especificamente em análises clínicas.



Posição dessa empresa no ranking de seu respectivo setor



Não foram encontrados dados referente à sua posição no ranking de seu respectivo setor. Entretanto, foi reconhecida como vencedora nas categorias Saúde e Responsabilidade Social (este com destaque), no Prêmio MPE Brasil, de 2009. Segundo o site Agência Sebrae de Notícias, “em 2008, o Laboratório Ghanem de Análises Clínicas ganhou o Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas (MPE Brasil) 2008, na etapa nacional, nas categorias Serviços de Saúde e destaque em Responsabilidade Socioambiental”, mesmo ano em que passo de Micro para Pequena Empresa.

Conclusão



São empresas como a apresentada que mostram como é possível integrar o business core à responsabilidade com o mundo à sua volta. Projetos sociais com o público interno e externo, responsabilidade ambiental e valores éticos hoje em dia são quase que obrigatórios para a sobrevivência no mercado. Ainda existem, claro, empresas de responsabilidade social “verbal”, ou seja, ” da boca para fora”, mas que não conseguem manter o discurso e acabam perdendo a confiabilidade.





Referências bibliográficas



SILVEIRA, Maria do Carmo Aguiar da Cunha. O que é responsabilidade social empresarial? Fortaleza, fev. 2003 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2009.



DEZORZI, Marluce. Responsabilidade social empresarial: uma filosofia que autentica a gestão socialmente responsável. Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2009.



Laboratório Ghanem: http://www.laboratorioghanem.com.br/



Prêmio MPE Brasil 2008: http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?canal=289&cod=8767547&indice=330



Prêmio MPE Brasil 2009: http://www.comercialgerdau.com.br/noticias/noticias.asp?cd_noticias={B7F2B7EE-42B9-4002-8B17-630A8F5E1B4C}

Histórias de Empreendedorismo

Disciplina: Administração Empreendedora

Semestre: 2010/2



Introdução



De 30 anos para cá, o interesse sobre o tema do empreendedorismo vem crescendo mundo afora. Nosso mundo globalizado atual exige inovação constante para se manter no mercado – atendendo a demandas, parcerias, sustentabilidade. Segundo Fontes Filho e Costa, “Uma pesquisa sobre a inovação no setor industrial brasileiro, publicada em 2005 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), reforça o potencial do empreendedorismo para o crescimento do emprego e o desenvolvimento da economia como um todo”. Ainda, segundo os mesmos autores, as empresas que inovam, apesar de representar a menor parcela do total de indústrias, são responsáveis por quase 26% do faturamento industrial, podendo conseguir em média 30% a mais no preço de venda dos produtos.



A presente atividade tem como objetivos principais a análise de um case real de sucesso de empreendedorismo, avaliando seu diferencial, ciclos e cultura empreendedora, visão estratégica e importância para a economia do país.



Empresa selecionada



A empresa selecionada foi a XP Investimentos, corretora de valores mobiliários que figura entre as maiores do país.



Diferencial de sucesso da empresa



Iniciada em 2002, numa pequena sala alugada e com computadores usados, os sócios detectaram algumas carências no mercado de corretoras de bolsa de valores. A primeira sacada – que hoje é copiada por todos os seus concorrentes – foi introduzir a educação financeira para seus clientes, ensinando como funciona o mercado de capitais, os tipos de operações que existem, tipos de análises, etc. Com isso, foram surgindo pessoas interessadas em aprender e, consequentemente, começaram a abrir conta com a corretora que lhes forneciam conhecimento e confiança.



Após seu elevado índice de crescimento – em oito anos tornou-se a maior corretora independente do Brasil, ou seja, não vinculada a bancos, percebeu-se que o atendimento faz toda a diferença. Com isso, passou a treinar e capacitar todos os seus funcionários a dar foco ao cliente, a perceber e constatar suas necessidades, e, principalmente, a atende-las de maneira diferenciada, pessoal.



Ciclo empreendedor – empreendedorismo e intraempreendedorismo



Ciclo Empreendedor:

1. identificação de oportunidades de negócio:

- primeiro, foi identificado que havia carência de corretoras de bolsa de valores no Brasil, que os procedimentos de abertura de conta eram demorados e cheios de burocracia – criou-se uma corretora simplificada, acessível;

- depois notou-se a falta de conhecimento dos clientes, e como isso atrapalhava na tomada de decisão de investimentos – criou-se a XP Educação, assessoria e treinamento em educação financeira;

- percebeu-se a massificação do atendimento – criou-se o atendimento personalizado;

- percebeu-se a necessidade de oferecer outros produtos, para carteiras de perfil moderado a conservador, de médio a longo prazo – criou-se a XP Gestão de Recursos, com diversos fundos de investimentos;

- sentiu-se a necessidade de fidelizar ainda mais o cliente – criou-se a XP Seguros e o programa de fidelidade cartão XP Mais; e por aí vai...

2. avaliação de oportunidades de negócio:

Para a implementação de todas as soluções citadas no item anterior, todos os funcionários passaram por diversos treinamentos – pessoalmente ou por conferências virtuais. Foram desenvolvidas e firmadas parcerias com diversas empresas e instituições.

3. elaboração do roteiro de implementação – plano de negócio

Houve planejamento de implementação com “passo-a-passo” e cronogramas previamente definidos, integrando todas as filiais e afiliados (mais de 130 no total) juntos no mesmo movimento.

4. gerenciamento da implementação

Com planos de implementação bem desenvolvidos, cronogramas definidos, e treinamentos constantes, cada escritório (filial/afiliado) gerenciava suas ações de acordo com os planos – em contato direto com a gerência da matriz, que acompanhava cada movimento de cada escritório, determinando possíveis correções ou aceitando sugestões cabíveis.



Através do intraempreendedorismo, a implantação de estratégias de inovação transforma concorrentes em parceiros, clientes em fornecedores e vice-versa. A XP costuma firmar parcerias com diversos tipos de empresas – restaurantes, livrarias, universidades, cursos de idiomas, companhias telefônicas, enfim, tudo o que pode beneficiar clientes da corretora, clientes do parceiro, o próprio parceiro e a própria corretora, todos em conjunto. Por exemplo, clientes TIM têm recebido torpedos que valem desconto nos cursos de educação financeira da XP Educação. Da mesma forma, os diversos braços da XP (corretora, educação, seguros, gestão de recursos) estão sempre em sintonia desenvolvendo produtos e promoções em conjunto.



Cultura empreendedora



A cultura empreendedora da XP advém inicialmente de seus sócios, que conseguiram transmitir aos funcionários e escritórios o espírito de empreender, de inovar, de estar em constante transformação. Há uma certa flexibilidade e independência dos escritórios em alguns casos de empreendedorismo, como parcerias locais, promoções diferenciadas e atendimento especializado. Todos os escritórios trocam informações entre si – o que deu certo e o que não deu, como fazer, o que foi feito, para que todos cresçam juntos, na mesma direção, “rumo ao topo”.



Visão estratégica



A visão estratégica da XP consiste na atualização constante, em melhorar sempre, para atender melhor aos clientes externos e internos, parceiros, fornecedores. Em 2009 foi a única corretora de valores a figurar entre as 25 empresas mais inovadoras do Brasil. Há incentivo interno a novas idéias, novas ações, novas atitudes. Há mobilização a nível nacional para novos projetos, novas implantações e busca de novas soluções. Todos participam da visão estratégica de desafiar o estabelecido e reinventar as fronteiras da organização.



Importância da empresa para a economia do país



Como corretora de bolsa de valores – braço principal da XP – a empresa movimenta milhões de reais por dia em negócios com papéis de empresas, commodities agrícolas e financeiras, aberturas de capital, movimentando a economia nacional e rentabilizando a carteira de milhares de brasileiros em seus investimentos pessoais.



Conclusão



O case apresentado mostra como a inovação constante fez uma empresa emergir ao topo do ranking em apenas oito anos de existência. A idéia e a paixão pelo mercado fez tudo acontecer. Acima de tudo, vem o trabalho e o esforço em conjunto, pois não adianta ter idéias e não tirar a caneta do lugar. A corretagem e os cursos da XP estão entre os mais caros do país, mas a assessoria é diferenciada, a educação é consistente, e mantêm-se sempre à frente da concorrência com a inovação em tudo o que fazem.



Referências bibliográficas



EMPREENDEDORISMO EM SETE PASSOS. [S.I.:s.n.].



DAL, Sérgio Sasso. A gestão pelo caminho empreendedor. Disponível em: http://www.consultores.com.br/artigos.asp?cod_artigo=420 . Acesso em: 26 dez. 2006.



FONTES FILHO, Joaquim Rubens; COSTA, Isabel de Sá Affonso. Empreendedorismo. FGV Online, 2008.



XP Investimentos CCTVM S/A: www.xpi.com.br